Introdução
Não há prova maior do imenso amor de Deus por cada um de nós do que a Cruz. Por meio dela, Deus demonstrou Sua total disposição de nos aceitar e perdoar. A maior motivação que devemos ter para seguir a Jesus Cristo é uma profunda gratidão por tudo o que Ele fez por nós na Cruz. O objetivo deste estudo é demonstrar o quanto Deus nos ama e ajudar a pessoa que está estudando a encher-se de gratidão e de disposição para responder ao sacrifício de Cristo.
36 Então Jesus foi com seus discípulos para um lugar chamado Getsêmani e disse-lhes:“
Sentem-se aqui enquanto vou ali orar”. 37 Levando consigo Pedro e os dois filhos de
Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se. 38 Disse-lhes então: “A minha alma está profundamente triste, numa tristeza mortal. Fiquem aqui e vigiem comigo” 39 Indo um pouco mais adiante, prostrou-se com o rosto em terra e orou:“Meu Pai, se for possível, afasta de mim este cálice; contudo, não seja como eu quero, mas sim como tu queres”. 4° Então, voltou aos seus discípulos e os encontrou dormindo. “Vocês não puderam vigiar comigo nem por uma hora?”, perguntou ele a Pedro. 41 “Vigiem e orem para que não caiam em tentação. O espírito está pronto, mas a carne é fraca”. 42 E retirou-se outra vez para orar:
“Meu Pai, se não for possível afastar de mim este cálice sem que eu o beba, faça-se a tua vontade”. 43 Quando voltou, de novo os encontrou dormindo, porque seus olhos estavam pesados.
44Então os deixou novamente e orou pela terceira vez, dizendo as mesmas palavras. 45 Depois voltou aos discípulos e lhes disse: “Vocês ainda dormem e descansam?
Chegou a hora! Eis que o Filho do homem está sendo entregue nas mãos de pecadores. 46 Levantem-se e vamos! Aí vem aquele que me trai! “
- A. Jesus estava a poucas horas de ser crucificado: sentia profunda tristeza e angústia (v. 38). A pressão espiritual era extrema (Lucas 22:44 – Jesus suou sangue).
- B. Jesus expressou Seu coração aos amigos mais próximos (os discípulos) e pediu-lhes ajuda (vigiar e orar, v. 37-38).
- C. Jesus também expressou Seu coração a Deus (orou três vezes): pediu livramento e submeteu-se à vontade do Pai (v. 42).
- D. Os discípulos não entendiam a importância daquele momento (o destino da humanidade estava sendo decidido). Cansados, adormeceram (v. 43).
- E. Jesus estava pronto para obedecer à vontade de Deus: “Chegou a hora! […] Vamos!” (v. 45-46).
47 Enquanto ele ainda falava, chegou Judas, um dos Doze. Com ele estava uma grande multidão armada de espadas e varas, enviada pelos chefes dos sacerdotes e líderes religiosos do povo. 4 O traidor havia combinado um sinal com eles, dizendo-lhes:“
Aquele a quem eu saudar com um beijo, é ele; prendam-no”. 49 Dirigindo-se imediatamente a Jesus, Judas disse: “Salve, Mestre! “, e o beijou. 5° Jesus perguntou:“
Amigo, que é que o traz? ” Então os homens se aproximaram, agarraram Jesus e o prenderam. 51 Um dos que estavam com Jesus, estendendo a mão, puxou a espada e feriu o servo do sumo sacerdote, decepando-lhe a orelha. 52 Disse-lhe Jesus: “Guarde a espada! Pois todos os que empunham a espada, pela espada morrerão. 53 Você acha que eu não posso pedir a meu Pai, e ele não colocaria imediatamente à minha disposição mais de doze legiões de anjos? 54 Como então se cumpririam as Escrituras que dizem que as coisas deveriam acontecer desta forma? ” 55 Naquela hora Jesus disse à multidão: “Estou eu chefiando alguma rebelião, para que vocês venham prender-me com espadas e varas? Todos os dias eu estava ensinando no templo, e vocês não me prenderam! 56 Mas tudo isso aconteceu para que se cumprissem as Escrituras dos profetas”. Então todos os discípulos o abandonaram e fugiram.
- A. Jesus não resiste à prisão. Sofre a dor de ser traído por um de Seus amigos (Judas, v. 52).
- B. Jesus, como Filho de Deus, tinha poder para destruir todo o exército romano. Ele fala em 12 legiões de anjos (12 × 6.000 = 72.000, v. 56). Mas, por amor a Deus e a nós, Ele se entregou à prisão, à tortura e à morte.
- C. Jesus teria feito a mesma coisa, se fosse somente por você.
- D. Já havia pensado na crucificação de Jesus dessa forma antes? Como você se sente?
- E. Dezenas de profecias do Antigo Testamento se cumpriram nesse período que envolveu a morte e a ressurreição de Jesus (v. 54).
57 Os que prenderam Jesus o levaram a
Caifás, o sumo sacerdote, em cuja casa se haviam reunido os mestres da lei e os líderes religiosos. 58 Mas Pedro o seguiu de longe até o pátio do sumo sacerdote, entrou e sentou-se com os guardas, para ver o que aconteceria. 59 Os chefes dos sacerdotes e todo o Sinédrio estavam procurando um depoimento falso contra Jesus, para que pudessem condená-lo à morte. 60 Mas nada encontraram, embora se apresentassem muitas falsas testemunhas. Finalmente se apresentaram duas 61 que declararam: “Este homem disse: ‘Sou capaz de destruir o santuário de Deus e reconstruí-lo em três dias’”. 62 Então o sumo sacerdote levantou-se e disse a Jesus: “Você não vai responder à acusação que estes lhe fazem? ” 63 Mas Jesus permaneceu em silêncio. O sumo sacerdote lhe disse: “Exijo que você jure pelo Deus vivo: se você é o Cristo, o Filho de Deus, diga-nos”. 64 “Tu mesmo o disseste”, respondeu Jesus. “Mas eu digo a todos vós: chegará o dia em que vereis o Filho do homem assentado à direita do Poderoso e vindo sobre as nuvens do céu” 65 Foi quando o sumo sacerdote rasgou as próprias vestes e disse: “Blasfemou! Por que precisamos de mais testemunhas? Vocês acabaram de ouvir a blasfêmia. 66 Que acham? ” “É réu de morte! “, responderam eles. 67 Então alguns lhe cuspiram no rosto e lhe deram murros. Outros lhe davam tapas 68 e diziam: “Profetize-nos, Cristo. Quem foi que lhe bateu? “
- A. O julgamento de Jesus foi forjado e infringiu vários aspectos da lei: ocorreu à noite, envolveu falsas testemunhas, não contou com defensor, etc.
- B. Jesus suportou as mentiras levantadas contra ele (v. 59-60).
- C. Jesus não se defendeu. Ele estava pronto para morrer por cada um de nós (v. 63).
- D. Jesus confiava plenamente que, depois de cumprir tudo que lhe estava proposto, Ele estaria com o Pai. Ele estava focalizado na eternidade com Deus (v. 64).
- E. Até aqui, a Biblia relatou apenas sofrimentos emocionais de Jesus. Começa então a violência física (v. 67).
Mateus 26:69-75
69 Pedro estava sentado no pátio, e uma criada, aproximando-se dele, disse: “Você também estava com Jesus, o galileu”. 70 Mas ele o negou diante de todos, dizendo: “Não sei do que você está falando”. 7 Depois, saiu em direção à porta, onde outra criada o viu e disse aos que estavam ali: “Este homem estava com Jesus, o Nazareno”. 72 E ele, jurando, o negou outra vez: “Não conheço esse homem! ” 73 Pouco tempo depois, os que estavam por ali chegaram a Pedro e disseram: “Certamente você é um deles! O seu modo de falar o denuncia”. 74 Aí ele começou a se amaldiçoar e a jurar: “Não conheço esse homem! ” Imediatamente um galo cantou. 75 Então Pedro se lembrou da palavra que Jesus tinha dito: “Antes que o galo cante, você me negará três vezes”. E, saindo dali, chorou amargamente.
Mateus 27:1-5
1 De manhã cedo, todos os chefes dos sacerdotes e líderes religiosos do povo tomaram a decisão de condenar Jesus à morte. 2 E, amarrando-o, levaram-no e o entregaram a Pilatos, o governador.
3 Quando Judas, que o havia traído, viu que Jesus fora condenado, foi tomado de remorso e devolveu aos chefes dos sacerdotes e aos líderes religiosos as trinta moedas de prata. 4 E disse: “Pequei, pois traí sangue inocente”. E eles retrucaram: “Que nos importa? A responsabilidade é sua”. 5 Então Judas jogou o dinheiro dentro do templo, saindo, foi e enforcou-se.
- A. Arrependimento (Pedro) x remorso (Judas).
- B. Ambos traíram Jesus. Pedro chorou amargamente (v. 75), decidiu arrepender-se e confiar no amor e no perdão de Deus; enquanto Judas convenceu-se do seu pecado (v. 4), mas foi consumido pela culpa e suicidou-se.
Mateus 27:11-26
11 Jesus foi posto diante do governador, e este lhe perguntou: “Você é o rei dos judeus? ” Respondeu-lhe Jesus: “Tu o dizes”. 12 Acusado pelos chefes dos sacerdotes e pelos líderes religiosos, ele nada respondeu. 13 Então Pilatos lhe perguntou: “Você não ouve a acusação que eles estão fazendo contra você? ” 14 Mas Jesus não lhe respondeu nenhuma palavra, de modo que o governador ficou muito impressionado. 15 Por ocasião da festa era costume do governador soltar um prisioneiro escolhido pela multidão. 1 Eles tinham, naquela ocasião, um prisioneiro muito conhecido, chamado Barrabás. 17 Pilatos perguntou à multidão que ali se havia reunido: “Qual destes vocês querem que lhes solte: Barrabás ou Jesus, chamado Cristo? ” 18 Porque sabia que o haviam entregado por inveja 19 Estando Pilatos sentado no tribunal, sua mulher lhe enviou esta mensagem: “Não se envolva com este inocente, porque hoje, em sonho, sofri muito por causa dele”. 20 Mas os chefes dos sacerdotes e os líderes religiosos convenceram a multidão a que pedisse Barrabás e mandasse executar a Jesus.
21 Então perguntou o governador: “Qual dos dois vocês querem que eu lhes solte? ” Responderam eles: “Barrabás! “
22 Perguntou Pilatos: “Que farei então com Jesus, chamado Cristo? ”
Todos responderam: “Crucifica-o!
“23 “Por quê? Que crime ele cometeu?”, perguntou Pilatos. Mas eles gritavam ainda mais: “Crucifica-o! “
24 Quando Pilatos percebeu que não estava obtendo nenhum resultado, mas, pelo contrário, estava se iniciando um tumulto, mandou trazer água, lavou as mãos diante da multidão e disse: “Estou inocente do sangue deste homem; a responsabilidade é de vocês”. 25 Todo o povo respondeu: “Que o sangue dele caia sobre nós e sobre nossos filhos! ” 26 Então Pilatos soltou-lhes Barrabás, mandou açoitar Jesus e o entregou para ser crucificado.
Mateus 27:27-31
27 Então, os soldados do governador levaram Jesus ao Pretório e reuniram toda a tropa ao seu redor. 28 Tiraram-Ihe as vestes e puseram nele um manto vermelho; 29 fizeram uma coroa de espinhos e a colocaram em sua cabeça. Puseram uma vara em sua mão direita e, ajoelhando-se diante dele, zombavam: “Salve, rei dos judeus! “ 30 Cuspiram nele e, tirando-lhe a vara, batiam-lhe com ela na cabeça.
31 Depois de terem zombado dele, tiraram-lhe o manto e vestiram-lhe suas próprias roupas. Então o levaram para crucificá-lo.
- A. Diante das acusações, Jesus permaneceu em silêncio, pois sabia que deveria morrer por nossos pecados.
- B. Jesus (justo, condenado) x Barrabás (criminoso, libertado). Somos como Barrabás: merecemos a condenação (morte) por causa dos nossos pecados, mas podemos ser livres por meio da morte de Jesus.
- C. Os líderes judeus queriam matá-lo porque tinham inveja dele (v. 18).
- D. Pilatos lavou as mãos; não quis assumir a responsabilidade sobre a condenação de Jesus (v. 24). Na verdade, Pilatos podia libertar Jesus, mas acovardou-se, temendo a multidão. Ele se preocupava mais com o que as pessoas pensavam do que com a Cruz.
- E. Jesus morreu pelos pecados de cada um de nós (importância de enxergar essa verdade individualmente). Existe algum medo que poderia impedir você de reconhecer isso e seguir a Cristo?
- F. Não fazer nada, ser indiferente, também é rejeitar a cruz.
- G. Jesus passa por terrível flagelação: açoites, coroa de espinhos e zombaria (v. 27-31).
- H. Porque Jesus se submeteu a tudo isso?.
32 Ao saírem, encontraram um homem de Cirene, chamado Simão, e o forçaram a carregar a cruz. 33 Chegaram a um lugar chamado Gólgota, que quer dizer Lugar da Caveira, 34 e lhe deram para beber vinho misturado com fel; mas, depois de prová-lo, recusou-se a beber. 35 Depois de o crucificarem, dividiram as roupas dele, tirando sortes. 36 E, sentando-se, vigiavam-no ali. 37 Por cima de sua cabeça colocaram por escrito a acusação feita contra ele: ESTE É JESUS, O REI DOS JUDEUS. 38 Dois ladrões foram crucificados com ele, um à sua direita e outro à sua esquerda. 39 Os que passavam lançavam-Ihe insultos, balançando a cabeça 4 e dizendo: “Você que destrói o templo e o reedifica em três dias, salve-se!
Desça da cruz, se é Filho de Deus! ” 41 Da mesma forma, os chefes dos sacerdotes, os mestres da lei e os líderes religiosos zombavam dele, 42 dizendo: “Salvou os outros, mas não é capaz de salvar a si mesmo! E é o rei de Israel! Desça agora da cruz, e creremos nele. 43 Ele confiou em Deus. Que Deus o salve agora, se dele tem compaixão, pois disse: ‘Sou o Filho de Deus!? “‘ 44 Igualmente o insultavam os ladrões que haviam sido crucificados com ele. 45 E houve trevas sobre toda a terra, do meio dia às três horas da tarde. 46 Por volta das três horas da tarde, Jesus bradou em alta voz: “Eloí, Eloí,
lamá sabactâni? ” que significa: “Meu Deus! Meu Deus! Por que me abandonaste? ” 47 Quando alguns dos que estavam ali ouviram isso, disseram: “Ele está chamando Elias”.
48 Imediatamente, um deles correu em busca de uma esponja, embebeu-a em vinagre, colocou-a na ponta de uma vara e deu-a a Jesus para beber. 49 Mas os outros disseram: “Deixem-no. Vejamos se Elias vem salvá-lo”. 50 Depois de ter bradado novamente em alta voz, Jesus entregou o espírito.
- A. Jesus e crucificado (v. 36),
- B. Jesus é tentado a descer da cruz (v. 40, 42)
- C. Jesus assume o nosso (seu) pecado e sente a separação do Pai (v. 46), A comunhão eterna com Deus foi quebrada por causa do pecado.
- D. Jesus foi até o fim. Cumpriu Sua missão. Entregou Seu espírito (v. 50).
- E. O véu do templo (separava o Santo Lugar do Santo dos Santos) rasgou-se de alto a baixo (v. 51).
Conclusão
- A. Qual é a resposta de Deus ao seu pecado?
- B. Qual é a sua resposta a tudo isso? Como você se sente?
- C. Por que você quer se tornar um discípulo de Jesus?
- D. Refletir sobre sua responsabilidade pessoal na morte de Jesus (Atos 2:36).
- E. Ter na morte e ressurreição de Jesus o fundamento de sua fé (1 Coríntios 2:2).
- F. Expressar gratidão a Jesus pela cruz, decidindo segui-lo sempre (Gálatas 2:20).
- G. Ler o complemento O Sofrimento de Cristo sob o Ponto de Vista Médico.
Passagens complementares
- A. Isaías 53 – profecia sobre a morte de Jesus.
- B. João 3:16-20 – Deus amou tanto o mundo que deu Seu Filho Unigênito.
- C. Romanos 5:6-11 – Jesus morreu por pecadores.
- D. 2 Coríntios 5:14-15, 20-21 – Cristo morreu por nós para que vivêssemos por Ele.
- E. Hebreus 10:1-4 – o sangue de animais não pode perdoar pecados.
- F. 1 Pedro 2:22-25 – Jesus não cometeu pecado e levou nossos pecados na cruz.
O sofrimento de Cristo sob o pon…
DAVIS, C. Truman. The Passion of Christ
From a MedicalPoint of View. Artigo resumido da revista Arizona Mediam, março/ 65.
Jesus Cristo é condenado à morte na cruz e os preparativos para a crucificação se iniciam com a flagelação executada pelos soldados romanos. Como prisioneiro, Ele é despojado de Suas vestes, tem as mãos acima da cabeça atadas a um poste. Depois de imobilizado, é açoitado com várias chicotadas. Os judeus tinham uma antiga lei que proibia flagelação com mais de 40 chicotadas e tomavam muito cuidado para que a lei fosse cumprida. Sendo esta uma norma criada pelos judeus, os romanos não se preocupavam em segui-la. Por isso, o número de chicotadas foi ilimitado.
O soldado romano aproxima-se com o flagelo (chicote curto contendo várias correias de couro grosso com duas pequenas bolas de chumbo, atadas às extremidades de cada correia) e começa o açoite. Com toda a força, o soldado surra as costas, os ombros e as pernas de Jesus. No início, as correias cortam somente a pele, porém, com o decorrer do açoite, essas atingem profundamente o tecido subcutâneo, provocando o rompimento dos vasos capilares. Com as chicotadas, os vasos provenientes do tecido muscular são rompidos, provocando intensa hemorragia.
Finalmente, as costas do prisioneiro ficam irreconhecíveis. Os tecidos mais superficiais e os músculos se tornam, então, como tiras penduradas e misturadas com grande volume de sangue. O centurião, após observar que o prisioneiro está quase desfalecido, cessa a tortura. Além da tortura, Jesus é motivo de chacota entre os judeus, pois, sendo Ele proveniente de uma cidade interiorana, fazia-se rei.
Desse modo, colocando um manto “real” em Seus ombros e um bastão na mão direita, procedem à irônica homenagem. Para finalizar, tecem uma coroa contendo grandes espinhos e a colocam na cabeça de Jesus. Sendo a cabeça uma das áreas mais vascularizadas do corpo, mais uma vez, há uma grande perda de sangue. Após ridicularizá-lo, dando-lhe socos no rosto, tiram-lhe o bastão e com ele batem na cabeça de Jesus, cravando-lhe os espinhos.
Finalmente, retiram bruscamente o manto que estava aderido às costas em carne viva, causando-lhe imensa dor. Novamente, há sangramento em grande quantidade. Então, Jesus é levado para ser crucificado. O soldado romano acha a depressão no punho e atravessa-lhe um pesado prego, cravando-lhe em seguida na madeira. Rapidamente, repete a ação no outro braço, tomando todo cuidado para que os braços fiquem flexionados e não totalmente esticados, o que lhe impediria os movimentos. De igual modo, colocam o pé esquerdo sobre o direito, deixando-os totalmente estendidos e, com os joelhos flexionados, atravessam o prego pelos pés, cravando-lhe na madeira.
Então a vítima está crucificada, e a cruz é levantada e posicionada no ponto mais alto daquela montanha. Sobre a cabeça de Jesus havia uma pequena placa que dizia: “Jesus de Nazaré – Rei dos Judeus”. A dor é angustiante. Assim que Ele vai se pendendo lentamente e colocando mais peso nos punhos, uma dor alucinante, que é sentida nas mãos, sobe pelos braços explodindo no cérebro, uma vez que os pregos nos punhos pressionam os nervos médios desse membro. Quando Ele se coloca mais reto na esperança de aliviar o tormento nos braços, todo o Seu peso é deslocado para o prego que fixa Seus pés.
Novamente, uma dor agonizante sobe por Suas pernas até o cérebro. Com os braços cansados, grandes ondas de cãibras causam-lhe profundas dores e o impedem de fazer movimentos para cima, o que lhe possibilitaria respirar. Pendurado pelos braços, os músculos peitorais estão paralisados e os intercostais não têm mais ação. A vítima não consegue exalar o ar dos pulmões, começando a se asfixiar pela paralisação do músculo responsável pela respiração, o diafragma.
Esporadicamente, Ele se puxa, tomando fôlego. E, após horas e horas de sofrimento, os músculos quase totalmente paralisados trazem-lhe uma parcial asfixia, além das fortes dores vindas de Suas costas quando estas são esfregadas contra a áspera madeira. Tudo isso lhe proporciona uma esmagadora dor no peito e, aos poucos, um aperto no coração, levando-o à morte.
Conclusão
A resposta que Deus espera de nós perante a Cruz é a total entrega de nossas vidas a Ele e à Sua causa, movidos por uma profunda gratidão.